Escândalo em Águas Claras

Polícia desmantela organização criminosa em administrações regionais do DFO grupo teria violado normas urbanísticas e ambientais em construções. De acordo com a polícia, também foi constatada a concessão irregular de alvará

Policias fazem busca na Administração Regional de Taguatinga (Ed Alves/CB/DA Press)
Policias fazem busca na Administração Regional de Taguatinga

O administrador de Águas Claras, Carlos Sidney de Oliveira, foi preso, na manhã desta quinta-feira (7/11). Oliveira é suspeito de violar normas urbanísticas e ambientais em construções realizadas em Águas Claras . Também foi constatada a concessão irregular de alvará. O administrador de Taguatinga, Carlos Alberto Jales, e o ex-vice governador do DF Paulo Octavio Alves Pereira que, segundo a polícia, também estariam envolvidos no esquema, não foram localizados pelos promotores de justiça. Agentes fizeram buscas na casa do ex-vice governador ainda nesta manhã. 

A operação Átrio, deflagrada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco) em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), começou nas primeiras horas do dia e cumpre mandados de prisão, busca e apreensão em 13 endereços, entre eles, Hotéis Manhatan, kubitschek e Administrações Regionais de Taguatinga e Águas Claras. A Operação atende a decisão da 2ª Vara Criminal de Taguatinga. 

Além de Paulo Octávio e dos administradores, outras nove pessoas também estão envolvidas no esquema. Marfisa Adriane Gontijo Jales, Elaine Wetzel, Gilda Patrícia Fonseca Cabrera, Larissa Queiroz Noleto, Gabriela Canielas Gonçalves, Fernanda Castelão Sorgi Barral, Luiz Felipe Hernandes Guerra de Andrade, Laurindo Modesto Pereira Junior e Carlos Antonio Borges são investigados pela operação.


Em nota, o Governo do Distrito Federal (GDF) comunicou que apoia a operação e que vai "exonerar imediatamente os agentes públicos que tiveram prisão temporária decretada". "Caso haja outros servidores públicos relacionados com o esquema, serão imediatamente afastados", completa a nota.

Durante a operação de busca e apreensão nas administrações, os funcionários foram impedidos de entrar nos prédios. Por volta das 11h, os locais foram liberados.

A Polícia Civil divulgou um vídeo da operação na Administração de Taguatinga. Nas imagens, agentes recolhem documentos e equipamentos de computadores para auxiliar as investigações.
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